B-Learning (BLENDED LEARNING)…



Num dos últimos posts procurei desenvolver o universo conceptual do e-Learning. Hoje, pretendo focar-me, sucintamente, no conceito de b-Learning (Blended Learning), modelo também conhecido por híbrido, que veio resolver algumas das limitações do e-Learning, fomentando espaços de aprendizagem diferenciados (virtuais, digitais, presenciais…), diluindo as fronteiras das tradicionais salas de aula e expandindo-as no espaço e no tempo.

Ao gerar novos ambientes de aprendizagem, o b-Learning promoveu cenários educativos mais ricos porque mais diversos, nos quais os agentes envolvidos assumem uma autonomia e responsabilidade reforçadas, baseadas numa relação que se pretende colaborativa, de partilha, enquanto veículo para alcançar aprendizagens mais efetivas.
O b-Learning é uma modalidade de ensino que combina alguns elementos da formação à distância em regime de e-Learning com outros da formação presencial e talvez por isso se afirme que reúne o melhor dos dois mundos. O processo de ensino-aprendizagem decorre parcialmente através de uma plataforma, por exemplo, à qual se tem acesso recorrendo a um computador ligado à Internet, mas também integra tempos em contexto de sala de aula. Trata-se, por isso, de uma formação mista que envolve acompanhamento e orientação a distância, numa determinada fase e um professor no sentido mais tradicional, numa outra fase.
As vantagens atribuídas ao b-Learning estão identificadas na literatura e passam pela possibilidade de alcançar um número de aprendentes mais vasto relativamente ao ensino totalmente presencial, uma maior flexibilidade no processo de ensino-aprendizagem (cada aluno define onde, quando e como aprender, construindo o conhecimento ao seu ritmo e adaptando-o ao seu contexto de vida), a possibilidade de revisitar conteúdos e de rapidamente criar, editar, corrigir ou atualizar materiais pedagógicos e recursos didáticos, e, não menos importante, a existência de momentos presenciais, em contexto de sala de aula, úteis para trocar experiências e esclarecer dúvidas junto do professor e entre alunos ou promover a socialização reforçando vínculos relacionais, o que não acontecia em relação ao e-Learning que, também por esse motivo, era considerado um modelo mais limitado que o b-Learning. No entanto, uma vez que no b-Learning continuam a existir momentos de ensino presencial, mantém-se a necessidade de organizar os alunos e de conjugar a sua disponibilidade para esses momentos. Por outro lado, sendo diferentes os professores das sessões on-line e presenciais, tal exigirá um especial cuidado na articulação dos conteúdos, no diálogo entre ambos e na organização do seu trabalho. Por fim, alunos que pretendam um estudo mais independente e com horários mais flexíveis podem não se enquadrar tão bem nesta modalidade e preferir o regime de E-Learning. Fica, neste aspeto, ainda mais evidente a importância da diversidade de cenários educativos, que garantirá, certamente, uma resposta adequada e personalizada aos também múltiplos interesses, ritmos e disponibilidades dos aprendentes.


Comentários

Mensagens populares