Bem vindos ao meu Blog criado no âmbito da Ação de Formação "Pedagogia e Aprendizagem em Plataformas Digitais", promovida pela Universidade Aberta.
Este é mais um desafio que vou tentar superar com a vossa colaboração!
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Modelo Pedagógico Virtual da Universidade Aberta
O Modelo Pedagógico da
Universidade Aberta foi concebido e explanado por um grupo de docentes da
mesma, com experiência na formação à distância nesta universidade, sendo eles:
Alda Pereira, António Quinta Mendes, Lina Morgado, Lúcia Amante e José Bidarra.
Este modelo procura aliar à valorização da integração social e comunitárias dos
estudantes, ao acompanhamento personalizado da sua aprendizagem e do respeito
pelo contexto específico da experiência da vida de cada estudante,
caraterísticas valorizadas no ensino superior, ao fenómeno da rede. De acordo
com os autores mencionados, este modelo não está fechado em si, bem pelo
contrário, está em permanente evolução, pelo que a equipa que o concebeu
atualiza-o ciclicamente, ajustando-o à realidade (Carlos Reis In Pereira,
Mendes, Morgado, Amante & Bidarra, 2007).Este modelo pedagógico, assenta
em quatro grandes linhas de força: - a aprendizagem centrada no
estudante; - o primado da flexibilidade; - o primado da interação; - o princípio da inclusão
digital. A aprendizagem centrada no
estudante, na medida em que este é encarado como “indivíduo activo, construtor
do seu conhecimento, empenhando-se -se e comprometendo-se com o seu processo de
aprendizagem e integrado numa comunidade de aprendizagem”(PEREIRA et al,2007). Assim,
as situações de ensino são desenhadas em função do estudante, tendo em vista o
desenvolvimento de um conjunto de competências previamente definidas. A
planificação das atividades assume particular relevância, e a aprendizagem
realiza-se quer através de estratégias de autoaprendizagem, quer através da
interacção entre pares, dando lugar a estratégias de aprendizagem cooperativas
e colaborativas. Nessa perspetiva, altera-se substancialmente o papel do
professor, exigindo-se-lhe que atue como facilitador do processo de
aprendizagem, levando o estudante a desenvolver capacidades metacognitivas,
quer através do desenho de atividades de aprendizagem relevantes, quer
disponibilizando recursos, quer organizando a colaboração e estimulando a
interação dentro da comunidade de aprendizagem, promovendo a reflexão conjunta.
Quanto ao primado da flexibilidade, advoga a possibilidade de o estudante poder
aprender onde e quando quiser, sem constrangimentos de espaço ou de tempo,
tendo em consideração o perfil do estudante típico da Universidade Aberta:
adulto, com responsabilidades profissionais, familiares e cívicas. Assim, o
modelo constitui-se essencialmente como assíncrono, permitindo a não
coincidência de espaço e não coincidência de tempo entre os intervenientes
envolvidos.A ênfase nas tecnologias
assíncronas possibilita ao estudante gerir efectivamente os seus tempos de
acesso online, de pesquisa individual, de estudo e aprofundamento dos temas
e/ou de interacção com o professor e os outros estudantes. Por um lado, a
possibilidade de o estudante se envolver em discussões e debates sem hora
marcada, aumenta a flexibilidade de gestão temporal da aprendizagem. (PEREIRA
et al, 2007)O princípio da interação é também
um vetor estruturante desse modelo, salientando-se a importância desta variável
habitualmente crítica nos processos tradicionais de aprendizagem a distância.Se nas primeiras gerações de
ensino a distância a interacção era fundamentalmente entendida como interacção
estudante-conteúdo e interacção estudante-professor, no modelo aqui explicitado
ela alarga-se de forma decisiva à interacção estudante-estudante, através da
criação de grupos de discussão no interior de cada turma virtual, implicando o
seu planeamento prévio (o desenho instrucional) e estratégias de activação da
aprendizagem, de modo a estimular a iniciativa e o envolvimento dos estudantes,
bem como a garantir a sua frequência e orientar a natureza do seu trabalho
(PEREIRA et al, 2007)Por último, o princípio da
inclusão digital “entendida como a facilitação do acesso aos adultos que
pretendam frequentar um programa numa instituição superior e não tenham ainda
adquirido desenvoltura na utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação”
(PEREIRA et al, 2007). Entende-se assim que se torna fundamental que a educação
de adultos a distância contribua para o desenvolvimento de literacia digital,
impulsionando-o a partir da motivação e necessidade do uso das novas
ferramentas. Neste sentido, e tendo em conta que o ensino online exige
competências específicas por parte do estudante, todos os programas de formação
certificados pela Universidade Aberta incluem um módulo prévio, designado
“módulo de ambientação”. Este módulo, realizado online, permite aos novos
estudantes adquirirem essas competências antes da frequência do curso ou
programa de formação em que se inscreveram. São, pois, esses quatro
princípios-base que norteiam a organização do ensino, a planificação, a
concepção e gestão das atividades de aprendizagem a propor aos estudantes, a
tipologia de materiais a desenvolver e a natureza da avaliação das competências
desenvolvidas. No que se refere à sua operacionalização, esse modelo apresenta
variantes distintas para o 1º e 2º ciclo e formação contínua.
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